Considerado um eterno brincalhão na arte de cantar, faleceu hoje aos 75 anos o cantor Jair Rodrigues.
Ele foi encontrado morto na sauna de sua casa na Granja Viana na manhã desta quinta-feira (8). Ele estava sozinho no local. Segundo o empresário do cantor, Jair Rodrigues não apresentava nenhum problema de saúde e estava cumprindo a agenda de shows normalmente. A família está desolada e aguarda perícia para saber a causa. Casado com Clodine, ele deixa os filhos Luciana e Jair Oliveira, ambos cantores. O próximo show seria na casa de espetáculos Terra da Garoa, em São Paulo, no dia 15 de maio.

O cantor fez show no Auditório do Ibirapuera no dia 5 de abril com ingressos esgotados. De acordo com o empresário, o último show realizado pelo cantor foi nesta terça-feira, dia 6 de maio.

Em ambos, a base do show era o lançamento do álbum duplo Samba Mesmo que reúne 26 músicas nunca antes gravadas por Jair. Entre elas estão Fita Amarela, de Noel Rosa; Serenata, de Vicente Celestino; Eu não Existo sem Você, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes; e No Rancho Fundo, de Lamartine Babo e Ary Barroso, que Jair gravou com Luciana Mello e Jair Oliveira — e a qual cantam juntos na apresentação. Além delas, três inéditas: Se Você Deixar, de Roque Ferreira; Todos os Sentidos, de Martinho da Vila; e Força da Natureza, do próprio Jair, com Carlos Odilon e Orlando Marques.

Jair Rodrigues nasceu em Igarapava, interior de São Paulo, em 6 de fevereiro de 1939. Depois de passar a infância e adolescência cantando em corais de igreja, começou a carreira profissional como crooner, em 1957. No ano seguinte, participou de seu primeiro concurso de calouros.

Na década de 1960, mudou-se para São Paulo, onde trabalhou como engraxate, mecânico, servente de pedreiro e ajudante de alfaiate, enquanto tentava se estabelecer na música. Começou a se destacar cantando sambas.

Seu primeiro sucesso foi Deixa Isso pra Lá, eternizada pela clássica coreografia que fazia, sempre gesticulando com as mãos.

Jair Rodrigues ganhou o Brasil ao interpretar a hoje clássica Disparada, de Geraldo Vandré, vencedora do Festival da Canção de 1966, junto de A Banda, de Chico Buarque.

Fonte: Jornal de Itupeva